segunda-feira, 7 de março de 2011

LA PRESUNTA ABUELITA

Na primeira aula de espanhol, la maestra nos passou o seguinte texto: ¨La Presunta Abuelita (A suposta vovozinha), um clássico texto para demonstração das aparentes semelhanças entre o português e espanhol, através dos chamados falsos congatos ou heterosemânticos.

Bom, aqui, trata-se sobretudo de um prato cheio para trocadilhos pobres, paupérrimos, pobrecitos e ¨madre mia de diós!¨.


Abaixo, a versão ¨madre mia de diós, nadie merece esto¨ (minha mãe de Deus, ninguém merece).

Para facilitar, os falsos cognatos estão em negrito, bem como suas respectivas traduções (entre parênteses, algumas explicações ajudam na compreensão).


Español
La Presunta Abuelita

Había una vez una niña que fue a pasear al  bosque. De repente se acordó de que no le había comprado ningún regalo a su abuelita. Pasó por un parque y arrancó unos lindos pimpollos rojos.


Cuando llegó al bosque vio una carpa entre los árboles y alrededor unos cachorros de león comiendo carne. El corazón le empezó a latir muy fuerte. En cuanto pasó, los leones se pararon y empezaron a caminar atrás de ella. Buscó algún sitio para refugiarse y no lo encontró. Eso le pareció espantoso.



A lo lejos vio un bulto que se movía y pensó que había alguien que la podría ayudar. Cuando se acercó vio un oso de espalda.

Se quedó en silencio un rato hasta que  el oso
desapareció y luego, como la noche llegaba, se decidió a prender fuego para cocinar un pastel de berro que sacó del bolso.

Empezó a preparar el estofado y lavó también unas ciruelas.
De repente apareció un hombre pelado con el saco lleno de polvo que le dijo si podía compartir la cena con él.



La niña, aunque muy asustada, le preguntó su apellido. Él le respondió que su apellido era
Gutiérrez, pero que era más conocido por el sobrenombre Pepe.

El señor le dijo que la salsa del estofado estaba exquisita aunque un poco salada.

El hombre le dio un vaso de vino y cuando ella se enderezó se sintió un poco mareada.


El señor Gutiérrez, al verla borracha, se ofreció a llevarla hasta la casa de su abuela.

Ella se peinó su largo pelo y, agarrados del brazo, se fueron rumbo a la casita del bosque.

Mientras caminaban vieron unas huellas que parecían de zorro que iban en dirección al
sótano de la casa. El olor de una rica salsa llegaba hasta la puerta. Al entrar tuvieron una mala impresión: la abuelita, de espalda, estaba borrando algo en una hoja, sentada frente al escritorio.


Con espanto vieron que bajo su saco asomaba una cola peluda. El hombre agarró una escoba y le pegó a la presunta abuela partiéndole una muela. La niña, al verse engañada por el lobo, quiso desquitarse aplicándole distintos golpes.


Entre tanto, la abuela que estaba amordazada, empezó a golpear la tapa del sótano para que la sacaran de allí. Al descubrir de dónde venían los golpes, consiguieron unas tenazas para poder abrir el cerrojo que estaba todo herrumbrado. Cuando la abuela salió, con la ropa toda sucia de polvo, llamaron a los guardas del bosque para contar todo lo que había sucedido.

Português
O presunto da Cadelinha

Era uma vez uma menina que foi passear ao bosque. De repente acordou, sem ter comprado nenhum mimo para sua cadelinha. Passou por uma praça e arrancou uns lindos anões de jardim vermelhos.

Quando chegou ao bosque, avistou uma carpa (debatendo-se) entre as árvores e, ao redor, uns cachorros (tipo) leões de chácara comendo carne. O seu coração emepenhou-se em latir forte (para os cães). Mesmo assim, quando passou, os leões de chácara pararam (de comer) e empenharam-se em segui-la. Procurou algum sítio para refugiar-se, mas não encontrou. Isso lhe pareceu espantoso!

Logo, viu um vulto que se mexia e pensou que havia alguém que poderia ajudá-la. Quando a cercaram (os cães), viu seu osso das costas (força de expressão: viu-se em apuros). Caiu em silêncio, feito rato, até que o osso (das costas, ou seja, o medo) desapareceu e logo, como a noite se gabava, decidiu aprender, à ferro e fogo, a cozinhar um pastel e, aos berros, atirou-o no bolso.

Empenhou-se a preparar um estofado e (aproveitando) lavou também as ceroulas.
Neste momento (que ela estava sem suas ceroulas), apareceu um homem pelado com o saco pequeno como de um polvo, o qual (o homem) lhe disse que queria compartilhar aquela cena com ela.

A menina, ainda que muito assustada, perguntou (ao menos) o seu apelido. E ele respondeu que seu apelido era ¨Gutiérrez, O Cachorro¨, mais conhecido pelo sobrenome ¨Pepe¨.

O senhor lhe disse que aquela ¨salsa¨ sobre o estofado estava muito esquisita, quase um ianque com pouca salada (força de expressão). O homem (então) lhe deu um vaso de vina e quando ela a ¨endereçou¨, sentiu-se um pouco marejada.

O senhor Gutierrez guardou a borracha (a vina mal-passada) e se ofereceu para levá-la até a casa de sua cadela.

Ela pendurou-se em seu largo pelo e, agarrados num abraço, foram-se até a casinha, no bosque.

Enquanto caminhavam, viram uns (zé) ruelas que pareciam o Zorro, e que estavam indo em direção ao sótão da casa. O odor de uma ¨salsa marica¨ (Ricky Martin?) chegava até a porta. Ao entrar, trupicaram numa mala de pressão (ou seja, uma ¨bomba¨): a cadelinha, com uma espada, estava se borrando há uma hora, sentada em frente ao escritório.

Com espanto, viram que sob a mala acenava uma coisa peluda. O homem agarrou uma escova (de chão) e pegou o presunto da falsa cadela, partindo-lhe um molar. A menina, ao ver-se enganada pelo lobo, quis divorciar-se, aplicando-lhe golpes distintos (ex: do baú, da barriga, etc).

Contudo, a cadela que continuava amordaçada, empenhou-se em golpear a tampa do sótão, pedindo pelo sacana dali. Ao descobrirem de onde vinham os golpes, conseguiram umas tranças para poder abrir o ferrolho que estava todo emperrado. Quando a cadela saltou, com uma roupa suicida, sobre o povo, chamaram os guardas do bosque para contar o que havia acontecido.


O texto com as corretas traduções para os ¨falsos cognatos¨ pode ser lido aqui.

Atenção: caro estudante de ensino médio e demais leitores, favor não utilizar a tradução deste blog para seu trabalho ¨ctrl c, ctrl v¨. Trata-se, evidentemente, de uma brincadeira com os falsos cognatos ("traduzido"apenas como se lê). Obrigado.