terça-feira, 21 de setembro de 2010

Olé de astros e de estrelas


Começou a primavera. Você deve ter percebido algo estranho hoje. Alguém ou você mesmo mais irritadiço do que de costume. Pessoas te xingando a troco de nada. E mesmo assim, todos estamos com algum bom humor. É o que os cometas diriam se tratar de outros astrônomos: isso mesmo, estamos em fase de transição.

Terra chamando Klaus. Pronto, agora sério, porque se o que estava escrito acima bateu, de alguma forma, com seu dia, bem... Obrigado, R$ 50! Se não, bem... Era óbvni que dei de astrólogo “chuvinista” em dia de sol.

Mas que os astros e estrelas andam conspirando contra nós, é sabido que só. Nas últimas semanas tenho levado alguns dribles da lua, olés das estrelas, e até um chapéu do sol (#trocadilhos4ever).

Por exemplo: fotografava feliz e contente a lua nova poente, do post abaixo. Clicks em auto-resolução aqui, clicks em alta resolução ali, até que... EURECA. Eu sabia! Essa lua estava muito estranha, parecendo mais o Gato de Alicia (do Paraguai das Maravilhas) com gengivite, do que uma lua nova.
Era um Eclipse! Claro. Veja, agora só resta uma parte da parte da parte que aparecia antes. Vou fotografar melhor daqui e... Então ouviu-se da multidão um urro inconfundível: “olé!”. A lua se punha atrás das árvores, pelo que os galhos, camuflados pela “noitidão”, faziam às vezes das sobras do malogrado “eclipse” da meia noite, que não passava de um jogo de esconde-esconde da lua para comigo!

Eclipse ou lua escondida?

Astros e Estrelas 1 X 0 Klaus e Trocadilhos

Exemplo dois: uma estrela falou comigo! Juro. Uma estrela gigante. Em fase de extinção, mas que brilhou muito, e por muitos anos, inclusive em lugares cobertos. Chamavam-na de mão-santa. Ainda chamam. Pois é, Oscar Schmitt, aquele irmão mais velho do Tadeu, do Fantástico (#maldadecôvéio). O Oscar, estrela do basquete, falou comigo. Foram poucas, porém marcantes palavras. Disse assim: “tô vendo você filmando aí, mano. Dá pra ver tudo daqui, desliga, na boa”. Ocorreu durante a palestra ministrada por ele, na terça-feira passada, em Curitiba. É. Toco de três pontos de Oscar! Pensei: "O prazer foi todo meu!".


(Suspeito que por ter entendido a piada antes de todos - leia-se soltado a gargalhada primeiro - tenha chamado a atenção do alvo. Peraí, ele disse "desliga, na boa" ou "desliga essa p*???)

Astros e Estrelas 2 X 0 Klaus e Trocadilhos

Sabe o que mais?

Gosto mesmo é do sol. Ele sim é para todos. Infelizmente, sombra e água fresca, não. Por isso costumo juntar dois em um por meio de um dispositivo ultra-revolucionário: o teto solar do Quantum, que foi do meu avô. Naqueles dias lindos de verão, abro o teto para deixar os raios do sol entrar. Fechado, o teto garante aquela sombra. E quando chove as borrachas de vedação desgastadas providenciam a entrada da água fresca. É ou não é um carro de luxo?! Feito para aquelas madames da idade do Titanic, que usavam chapéu em recintos fechados. As abas seriam ótimas calhas. Agora, se o Quantum bater num iceberg e afundar (ora, o Quantum é feito de ferro, é claro que ele afunda!) em um lamaçal por aí, essas senhoras precisariam de trocadilhos 4x4, terem nascidas viradas para a lua e serem iluminadas por um mar de estrelas para desencalhar...

Trocadilhos e Klaus 1 X 2 Astros e Estrelas


Sorria, não esqueça, a primavera chegou!

sábado, 11 de setembro de 2010

Fases de uma vida (Gastronômicas)

Em termos de conhecimento de mundo, vivemos três fases bastante nítidas (ao menos passei por três, por enquanto):

Primeira fase: na infância e adolescência, quando se aprende tudo, absolutamente tudo que é ensinado, mesmo o que não se deve e inclusive o que se aprende sozinho;

Segunda fase: pós-adolescência, início da juventude, quando o cidadão aprende a se virar “sozinho no mundo”. Condiz geralmente com a época de faculdade, quando se descobre que conta de luz tem prazo e pode ser suspensa e o lixeiro não vem buscar o lixo no seu quarto;

Terceira fase: metade da juventude em diante, quando a barriga (dos homens) começa a crescer  e começa-se a “aprender” tudo o que precisa com o colega de trabalho, os clientes, os chefes... Ou seja, é o fim do aprendizado por conta própria e início do “conhecimento compartilhado”, do tipo: que sal grosso você usa no seu churrasco, como faz para agüentar a esposa na TPM, por quanto você alugou aquele apartamento. Enfim, aprendizados tidos como megachatos nas fases anteriores, que dispensam qualquer imaginação, mas que passaram a ser fundamentais para sua subsistência na terra.

Dessas, a que eu mais gostei, na verdade, até hoje (cabe mais uma vírgula, aí?), foi a lua nova, a quarta fase (ou a primeira) lunar.

Por quê? Ora, pois, confira você mesmo.
Lua nova! Ou crescente? Uma prova, indecente

OK, ok, merchandising fotográfico concluído, voltemos ao assunto que interessa (sim, a foto não tem nada a ver com o tema).

Conclui que cheguei ao fundo do poço, conhecido como terceira fase, quando tive um “reviver” com minha segunda fase.

Aliás, minha segunda fase foi extremamente frutífera, em termos de idéias inéditas – tão inéditas que voltaram a ser inéditas mesmo depois de eu praticá-las, pois nem eu voltava a repeti-las. Exemplo mór ocorreu na cozinha, com a invenção do “mijão”, a mistura masoquista de miojo com feijão – e demais co-produtos existentes na geladeira –, típica de universitário.

Pois voltei a dar uma de universitário de terceira fase. Pronto pra balada (há quanto tempo não me preparava para uma...), bateu uma fome de bater um rango. Como não havia miojo (o cup noodle foi cogitado) nem feijão pronto, vasculhei a geladeira. Pequenos pedaços de bife de suíno temperadinhos aguardavam minha degustação. Mas havia um porém. Estavam crus!

Ora, pois, como iria fritar bife com a beca e o perfume no corpo? Cheguei a pensar em perguntar a um colega de trabalho... Mas a imaginação foi mais rápida.

O problema era o cheiro de fritura.
Teco: “Será que dá certo fazer bife no microondas?”
Tico: “Sei lá, nunca ouvi alguém do escritório dizer que fez isso antes...”
Teco: “Será que o risco não vale um post pro blog?”
Tico: “Você ainda está na primeira fase, rapá! Testa logo, pra gente provar, pois estou com fome”

Segue relato onomatopéico do ocorrido:

Pip. Um minuto. Pip, pip, pip. Mal-passado. Pip. Mais um minuto. Pip, pip, pip. Bem passado?

Uhm! Mais um prato no microondas. Pip. Dois minutos. Pip, pip, pip. Meio mal-passado. Pô, cacilda! Pip. 30 segundos. Pip, pip, pip. Bem-passado.
Uhm! Gosto de que? Imagina aquele pernil, assado no forno por 4 horas, pururuca, suculento.

Pois então, nada a ver. Pedaços mal-passados, pedaços duros, pedaços borrachudos... E o pior: tudo isso num pedaço só!
Mas a sensação de voltar à segunda fase e inventar o “ininventável” foi saborosa. Pip!

sábado, 4 de setembro de 2010

Ex-tiagem

Neste exato momento, rojões pipocam por todos os lados, iluminando o céu nublado da região. OK, trata-se de um casamento, mas os fogos poderiam festejar um momento ainda mais simbólico do que um matrimônio (vou apanhar em casa): a chuva!

Sim! Choveu em Entre Rios, distrito de Guarapuava (PR). A cidade (famosa por ser) normalmente tão fria, amanheceu com uns 18
OC e anoiteceu com, no máximo, uns 10oC (sem contar os ventos gelados, que aqui fazem a curva).

Há algo de errado com o tempo, isso todo mundo sabe. Mas neste momento deve estar uns 22
oC dentro de casa, ainda quente e seca pela forte estiagem dos últimos 14 dias. Lá fora, o vento sopra, uiva, querendo fazer valer seu novo estado de espírito: 5oC. E congelando.

O que caiu do céu hoje não pode ser chamado de chuva. Aliás, eu quase não reconheci os pingos gelados. “Vou parar de fotografar curucacas, eles se vingam “mirando” em mim!”, imaginei. Não, ao contrário das pombas com mira a laser, dos Mamonas Assassinas, o tiro fatal na verdade era uma leve garoa!

Tive que registrar este momento histórico:
Chuva chegando!
Prova de que chuviscou pela primeira vez em décadas (ao menos o estado do carro sugere a parte das "décadas")
Ao menos essa mudança drástica de clima proporcionou belos espetáculos naturais:

Curucacas, sempre...
Pôr-do-sol nas nuvens - em todos os sentidos (01.09.10)
Após algumas semanas, o sol voltou a se pôr no horizonte (e não "nas nuvens") - 04.09.10

Beldade que beira a maldade.
E há quem trabalhe nestas condições adversas...

Amém e que venha mais, ó céus!